

REFERÊNCIAS:
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fMiddle+Empire.htm#Alluwamna
http://gl.wikipedia.org/wiki/Alluwamnas
Após estes êxitos na política exterior, e devido ao provável assassinato da sua mulher e um dos seus filhos, Ammuna (que não deve ser confundido com o rei anterior homônimo), Telipinu concentrou-se em estabelecer normas claras de sucessão que evitassem o derramamento de sangue. O Rei procura consolidar a ordem interna proclamando um édito através do qual fornece uma série de reformas com o objetivo de reforçar a monarquia e, assim, uma estabilidade interna que permitisse grandes empresas em matéria de política externa. O Édito ou Proclamação de Telipinu, como ficou conhecido esse documento, salienta entre as leis que regulamentam a sucessão o princípio da primogenitura, ainda que deixe liberdade ao Rei para escolher qual de todos os seus filhos havia de sucedê-lo, bem como a criação de um Conselho (pankush) com poder para julgar casos de traição, de crimes de sangue no interior da família real e até mesmo crimes violentos cometidos pelo rei. O preâmbulo histórico com a lei também serve como uma fonte para a compreensão do passado do reino hitita, de acordo com a visão oficial dos acontecimentos. É um documento importante, já que inclui uma justificação com abundante material histórico, que ajudou a estabelecer os feitos de monarcas anteriores.
O texto chegou até nós em uma versão escrita em acadiano (muito fragmentada) e várias cópias da sua tradução em hitita. Telipinu assim justifica essa regulamentação:
“Quando eu, Telipinu, me sentei sobre o trono de meu pai, fui para a cidade de Hashuwa para uma campanha e aniquilei a cidade de Hashuwa e o meu exército na cidade de Zizzilippa e em Zizzilippa teve lugar uma batalha. O derramamento de sangue da família real tinha afluído em demasia. A Ishtapariya, a rainha, mataram. E depois também mataram Ammuna, filho do rei. E os homens de deus andavam dizendo: "Olha, o derramamento de sangue em Hatusha tem afluído muito." Então eu, Telipinu, convoquei uma assembléia em Hatusa. E desde então em Hatusha não se faz dano a um filho da família real nem se desembainha um punhal contra ele” (§§ 24 e 27).
Telipinu morreu sem deixar descendentes varões, sendo assim, segundo as normas do seu próprio Édito, o herdeiro foi um dos seus genros, Alluwamna. Alguns estudiosos entendem, entretanto, que Telipinu foi sucedido por Tahurwaili. Acima, relevo de representando um guerreiro hitita.
REFERÊNCIAS:
http://gl.wikipedia.org/wiki/Telibinus
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fMiddle+Empire.htm
http://www.cervantesvirtual.com/portal/Antigua/hatti_textos.shtml
Estas desordens dinásticas, unidas a uma grave seca, debilitaram muito o Reino e permitiram aos seus vizinhos, sobretudo na Anatólia ocidental, pegarem em armas contra os hititas, o que provocou a rebelião de algumas das cidades conquistadas pelos seus antecessores, como Tipiya, Hapisna, Parduwata ou Hahha, o que possivelmente privou os hititas das rotas para a Síria. Uma crônica fragmentária do reino de Ammuna é conhecida. Os anais parecem indicar que Ammuna com sucesso pilhou Nesha, mas teve que lutar contra ela logo depois. Ele também parece ter lutado contra a cidade de Šattiwara, a Terra do Rio Hulanna e a cidade de Šuluki. Zalpa também é mencionada, como é Purušhanda, que poderia ter estado no lado de Ammuna. Esses são todos presumivelmente localizados nas terras principais dos Hititas, que dá crédito ao retrato de Telipinu sobre a fraqueza da monarquia hitita durante o reino de Ammuna. Ele perdeu Arzawa (= Luvia), Pala e Kizzuwatna (= Adaniya = Cilícia). O Édito de Telipinu diz sobre seu governo: "Ammuna se tornou rei. Mas os deuses reclamados pelo sangue de seu pai Zidanta. E em suas mãos grãos, vinha, bovinos, ovinos não prosperaram. Se perdiam sob a sua mão" (§ 20) Abaixo, o Império Hitita no tempo de Ammuna.
À sua morte, provavelmente devido a causas naturais, sucedeu-o Huzziya I. A sua morte é explicitamente mencionada, mas não é especificada como se deu. Ele teve uma família numerosa, portanto, como Hantili I antes dele, poderia ter morrido de velhice. Esta idéia é, além disso, apoiada pelo fato de que seu filho, Huzziya, foi capaz da execução uma série de assassinatos no momento da morte iminente de Ammuna que assegurou a sua acessão ao trono.
REFERÊNCIAS:
http://gl.wikipedia.org/wiki/Ammunas_I
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fEarly+Empire.htm#ammuna
http://www.cervantesvirtual.com/portal/Antigua/hatti_textos.shtml
Começou o seu reinando continuando as campanhas na Síria que tanto sucesso tiveram nos tempos de Hattusili I e Mursili I, mas logo sofreu uma série de invasões hurritas, que saquearam grande parte do reino hitita. Seu reinado terminou quando foi assassinado, junto ao seu filho Pisheni e seus netos, por Zidanta, seu genro e cúmplice na conspiração contra Mursili I. Zidanta o sucedeu. O Édito de Telipinu assim se pronuncia sobre Hantili: "Hantili era copeiro e tinha a Harapshili, a irmã de Mursili, por esposa. Zidanta conspirou com Hantili e cometeram uma má ação: mataram a Mursili e perpetraram um feito sangrento. Hantili tevo medo: «Seguirei estando protegido em diante? Os deuses o tem protegido». Aonde ia, a população se tornava rebelde. As cidades de Ashtata, Shukziya, Hurpana e Kargamish deixaram de enviar regularmente tropas a terra de Hantili. E quando Hantili chegou a Tegarama, começou a dizer: «O que eu faço? Porque é que eu ouvi as palavras de Zidanta, meu genro?». Logo que chegou ao poder como rei, os deuses reclamaram pelo sangue de Mursili. Quando Hantili tornou-se velho e estava prestes a tornar-se um deus, Zidanta matou Pisheni, filho de Hantili, juntamente com seus filhos. Ele também matou a seus principais servos”( Édito de Telipinu §§ 10-18)
REFERÊNCIAS:
www.yorumkat.com
http://gl.wikipedia.org/wiki/Hantilis_I
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fEarly+Empire.htm#Mursili1 http://www.cervantesvirtual.com/portal/Antigua/hatti_textos.shtml
REFERÊNCIAS:
http://www.cervantesvirtual.com/portal/Antigua/hatti_textos.shtml
www.civfanatics.com
http://gl.wikipedia.org/wiki/Mursilis_I
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fEarly+Empire.htm#Mursili1
Ao seguinte ano voltou-se para o sul e passou por Adaniya e entrou na Síria por Alalakh, onde era rei Ammitaqu, que era vasalo de Ammurapi de Alepo, cidade que foi destruída; então dirigiu-se a Waršuwa (ou Uršou) governada por um rei (chamado talvez "o servidor do deus das tormentas") supostamente vasalo de Karkemish (Carquemis), a qual assediou. A cidade parece que teve a ajuda do rei de Alepo, do rei de Zaruar, do rei de Zuppa e dos hurritas, porém foi finalmente foi ocupada pelos hititas; depois, Hattusili I passou para Ikakali e ao final Teushiniya (ou Tishiniya).
Ao terceiro ano dirigiu-se ao ocidente, a Arzawa, porém não conseguiu ocupar nenhuma cidade limitando-se a saques de colheitas e gado. Não se menciona nenhuma derrota militar, porém talvez esta tenha acontecido, já que os hurritas invadiram os domínios hititas ao leste, e outras terras hititas vão se rebelar; depois das várias campanhas o rei só dominava Hatusa. A crônica diz que com ajuda da deusa solar de Arinna começou a reconquistar as terras perdidas: primeiro Nenasa (a moderna Ak Saray), que lhe abriu as portas. Abaixo, ilustração de guerreiros hititas (2 e 3) e um guerreiro sírio.
Depois travou duas batalhas contra Ulma ou Ullumma (ao sul do país, não localizada), que foi destruída; volveu-se então ao norte com os despojos da guerra (sete deidades, um boi de prata e a deusa Katiti do monte Hapilanni), que ofereceu à deusa de Arinna, e o resto do despojo ofertou ao templo da deusa Mezulla. Depois foi a Sallahsuwa, ao sul, onde os seus partidários se rebelaram para renderem-se posteriormente; depois o rei retornou a sua capital. No ano seguinte lutou contra Sanahuitta, ao norte ou nordeste de Hatusa, que destruiu ao sexto mês e tornou a oferendar o despojo à deusa de Arinna. Derrotou aos carros de combate da Terra de Abbaya e em seguida atacou a cidade de Parmanna, que encabeçava uma coalizão contra o rei hitita e que foi derrotada sem resistência. O último fito da sua campanha foi a conquista e destruição de Alakhkha, cidade de localização desconhecida até agora. Abaixo, extensão do Império Hitita sob Hattusili I.
O quinto ano renovou a campanha da Síria: depois de destruir a cidade de Zaruna, as tropas hititas liderados por Lepalsh, general e chefe da guarda real, e por um chamado "filho de Karahnuilis", funcionário da corte, combateu contra a cidade hurrita de Hasu, ao leste do Eufrates (que provavelmente era o reino conhecido em assírio como Reino de Mama). Ammurapi II, rei de Iamkhad (Alepo), filho de Yarim-Lim III, enviou aos seus generais Zukraše e Zaludi com forças para ajudarem a defesa da cidade, porém foram derrotadas por Hattusili nas montanhas Adalur (Os Montes Amano) e cruzou o Eufrates (foi o primeiro rei hitita a fazê-lo) e destruiu Hasu, e retornou a Hattusa com despojos, oferecendo-os ao templo do deus das tormentas. Depois marchou contra Tawanaga e capturou ao seu rei e decapitando-o; em seguida destruiu Zippasna e ofereceu o despojo à deusa de Arinna, e depois foi contra Hahhu (ou Hakhkhu) que conquistou depois de três combates aos arredores da cidade (outra vez o despojo foi para a deusa de Arinna). Abaixo, marcha dos guerreiros hititas.
A crônica de Hattusili detém-se nesta momento. Não se sabe quando foi submetido o reino de Arzawa (Anatólia ocidental), feito testemunhado historicamente. Também foi submetida Wilusa (Trôade). Arzawa era um reino formado pelo menos por cinco reinos (Arzawa, Mira, Hapalla, Rio Seha, e Wilusa) às vezes confederados e outras não. Wilusa foi a homérica Ílion, provavelmente a região da Trôade, porém sem incluir Tróia, que devia de ser um estado separado (Tróia em hitita é Taruisa ou Taruiša). A capital de Arzawa era Apasas, provavelmente Éfeso, e o reino era de população luvita. Arzawa não tardou em recuperar a independência, mas Wilusa permaneceu como aliada dos hititas como se testemunha pelos agasalhos enviados periodicamente desde Wilusa ao rei hitita.
Hattusili atacou novamente a Alepo, onde foi gravemente ferido. O reino de Alepo (Iamkhad) incluía o reino vasalo de Alalakh (que controlava o passo entre a Ásia Menor e a Síria). O reino de Alepo foi derrotado e alguns territórios ocupados, mas a capital não foi conquistada e Iamkhad acabou reduzida, entretanto, a um reino secundário.Abaixo, relevo com a representação de guerreiros hititas.
O rei retornou ferido a sua capital. Inicia-se o problema sucessório comum na Casa Real hitita. O seu filho Huzziya fora deserdado por rebelião contra o pai (as grandes casas de Tappasansa pediam exceções fiscais e arrastaram-no a uma revolta, que foi sufocada por Hattusili) e o seu sobrinho Labarna, adotado como filho sucessor, não mostrou suficiente interesse pela sua saúde e Hattusili referia-se a ele como "que só escuta as palavras dos seus irmãos, irmãs e da sua mãe, uma serpente"; decidiu deserdá-lo: enviou-o a um templo e nomeou-o sacerdote. As referências do Édito de Telipinu a Hattusili I dizem: “ Depois chegou a ser rei, Hattusili. Igualmente seus filhos, seus irmãos, seus parentes, seus consangüíneos e seu exército estavam unidos. Aonde ele ia a uma campanha, submetia com seu braço o território inimigo. E foi devastando os territórios, deixava os territórios sem poder e fazia do mar suas fronteiras. Quando regressava da campanha, cada um de seus filhos ia a um território. As grandes cidades estavam em suas mãos. Porém, depois, quando os servos do Príncipe tornaram-se falsos, começaram a devorar as suas casas, a andar conspirando contra seu senhor e a derramar seu sangue” ( Édito de Telipinu §§ 5-7).
O rei nomeou sucessor ao seu neto Mursili, filho de Hastayar, uma filha do rei, que o sucedeu.
REFERÊNCIAS:
http://www.cervantesvirtual.com/portal/Antigua/hatti_textos.shtml
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fEarly+Empire.htm#Hattusili1
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2FEarly+Empire.htm
http://gl.wikipedia.org/wiki/Hattusilis_I">http://gl.wikipedia.org/wiki/Hattusilis_I
http://www.yorumkat.com/
Labarna fez de uma cidade-Estado, Kanesh/Nesha, um império. Tal foi a grandiosidade do reino de Labarna I que a maioria dos reis hititas adotaram Labarna como título real (de forma análoga ao uso do título de César entre os imperadores romanos), o que leva a alguns historiadores a pensar que Labarna I não existiu realmente e que as referências do Édito de Telipinu deveriam atribuir-se a Hattusili I, que o sucedeu. O Édito diz de Labarna que "outrora havia o grande rei Labarna. Então seus filhos, seus irmãos, seus parentes, seus consangüíneos e seu exército estavam unidos. O território era pequeno, porém aonde ele ia a uma campanha, submetia com seu braço o território inimigo. E foi devastando os territórios, deixava os territórios sem poder e fazia do mar suas fronteiras. Quando regressava da campanha, cada um de seus filhos ia a um território" ( Édito de Telipinu §§ 1-3).
REFERÊNCIAS:
http://es.wikipedia.org/wiki/Labarna_I
http://en.wikipedia.org/wiki/Labarna_I
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fEarly+Empire.htm#Labarna1
http://www.cervantesvirtual.com/portal/Antigua/hatti_textos.shtml
Quando assumiu o reino, transladou sua capital de Kussara para Kanesh. Ele tinha o título de rei de Kussara e depois de grande ruba’um, título comum dos reis hatitas. O seu rabi simmiltim (chefe da corte) foi Peruwa-kammaliya, que aparece também mencionado simplesmente como Peruwa. Anitta foi contemporâneo de Shamshi-Adad, rei da Assíria (c.1700 a.C.).
Anitta reinou aos finais do século XVIII e crê-se que foi ascendente de Hattusili I, o segundo grande rei hitita de Hatusa. Abaixo, adaga com inscrição que menciona sua pertinência ao palácio de Anitta.
No seu primeiro ano como rei atacou a cidade hatita de Hatusa ou Hattusha que era governada por Piyusti; apesar de ter ganho a batalha, isso não foi suficiente para derrotar definitivamente a Piyusti.
No segundo ano, Pyusti e as suas tropas auxiliares foram derrotados na cidade de Shalampa. Piyusti retirou-se e fortificou Hatusa. Anitta preferiu cortar as linhas de abastecimento da cidade e conquistá-la pela fome. Ao informar-se por espias que já não haviam guerreiros em Hatusa que pudessem empunhar armas, tomou-a de assalto à noite. Como mostra do seu poderio, Anitta destruiu a cidade e a encheu de maldições sagradas, e lançou sementes de zahheli, uma planta espinhosa. Diz-se que pronunciou um anátema no qual amaldiçoava o rei que viesse a reerguer Hatusa : “que o deus das tormentas e do céu o bote fora”. As riquezas que Anitta saqueou em Hatusa serviram-lhe para construir um grande palácio em Kanesh. Também ostentou o título de Grande Rei. Também conquistou Zalpa, no Mar Negro, e Purushanda, perto do Lago de Sal. O rei desta última foi à corte de Anitta, porém sua posição não deixava lugar a dúvidas em quanto ele estava submetido, como o mesmo Anitta explica no texto mencionado.
No chamado texto de Anitta (a Proclamação ou Crônica de Anitta), o texto mais antigo conhecido da língua hitita ao mesmo tempo que é o texto indo-europeu mais antigo conhecido, alenta-se a especulação de que tanto Anitta como Pithana, eram de origem hatita e oferece uma lista de cidades saqueadas por Pithana e detalha os seus feitos.
Sua sucessão é controversa: atribui-se a Peruwa, Zuzzu e ainda a Tudhaliya.
REFERÊNCIAS:
http://en.wikipedia.org/wiki/Anitta
http://gl.wikipedia.org/wiki/Anittas
http://www.hittites.info/translations.aspx?text=translations/historical%2fAnitta+Text.html (onde encontra-se uma tradução inglesa do texto de Anitta)
Segundo o relato de Anitta, Pithana investiu contra Kanesh com todas as suas forças capturando o seu Rei (possivelmente Warshama, filho de Inar), mas tratou a cidade com brandura: embora beligerante, Pithana procura fazer justiça. Sob o impulso do rei de Kussara, inicia-se na Anatólia um movimento de unificação política onde várias cidades-Estado são agrupadas sob um único comando. Pithana instaurou um arcaico, mas eficaz sistema de vassalagem, que se tornará a base do futuro Império Hitita. Foi o primeiro rei do Oriente Médio a ter o título de Grande Rei (Lugal Gal). Enfim, Pithana, de simples líder tribal de Kussara, vitorioso com suas operações militares faz com que a sua influência se estenda a muitas vilas, aldeias e cidades, começando uma possível pax kussarana, isto é, uma comunhão dos povos da Ásia Menor na região de Hati sob o governo de Pithana. Tal foi sua grandeza, ao ponto dos os membros da futura dinastia hitita alegarem laços e conexões com a cidade de Kussara.
Pithana foi sucedido por seu filho, Anitta, a quem levava desde criança para os campos de batalha e tornou-se também um grande rei.
REFERÊNCIAS:
http://en.wikipedia.org/wiki/Pithana
http://it.wikipedia.org/wiki/Pithana
PAMBA (cerca de 23º/22º séculoS a.C.)
Pamba é o nome de um rei de Hati entre 22º e 23 º século a.C. Pamba é o nome mencionado em um relatório de Naram-Suen de Acade quando de uma batalha contra uma aliança de 17 reis, incluindo Pamba, rei dos Hatitas, e Zipani, rei de Kanesh (atual Kültepe). O texto é o mais antigo a mencionar o povo de Hati e chegou até nós uma cópia desse relatório de cerca de. 1400 a.C., quase um milênio mais tarde. Abaixo, ruínas de Kanesh.
HURMELI (c.- 1845?)
Rei de Kanesh. Seu título é rubâ'um que é equivalente a rei. Seu nome é hatita e significa “Homem de Hur(a)ma”. Seus oficiais foram Halkiashu e Harpatiwa que são designados como rabi simmiltim. O rabi simmiltim é o oficial principal cujo nome ocorre ao lado do soberano de Kanesh nos tabletes de Kültepe (a antiga Kanesh). A posição pode ser exercida pelo filho de um soberano. O título literalmente significa "o Chefe da Escadaria". A corte real permanecia junto à escadaria do palácio, portanto "o Chefe da Corte" é uma tradução mais significativa. Há indícios de que Harpatiwa parece ter governado independente de Hurmeli, mas não com o título de rubâ'um. Os indícios históricos mencionam como reis hatitas de Kanesh durante a Idade Média do Bronze na Anatólia (séculos XIX-XVII a.C.): Inar, cujo o rabi simmiltim foi Shamnuman e Warshama, filho de Inar.
ANUM- HERWA (séculos XVIII-XVII a.C.)
Anum-Herwa aparece como o Rei de Zalwar em anos 4º e 5º de Zimri-Lim, rei de Mari e como o Rei de Hashshum em anos 7º e 8º de Zimri-Lim. Anum-Herwa começou a sua carreira como um vassalo de Yarim-Lim de Yamhad e enfim tornou-se importante príncipe anatólio depois de tomar controle de Hashshum no sétimo ano do reinado de Zimri-Lim. Anum-Herwa ainda pode ter estado no seu trono já no período de vida de de Anitta, ancestral dos reis hititas.
PIYUSTI ( 17º século a.C.)
Piyusti ou Piyušti foi rei de Hatusa no 17º século a.C. Ele é mencionado no texto de Anitta como tendo sido derrotado por este em pelo menos duas ocasiões. Na primeira, no primeiro ano de Anitta, que aparentemente derrotou-o em batalha, mas não pode eliminá-lo. No segundo encontro, Piyusti e as suas tropas auxiliares foram derrotados na cidade de Shalampa. Piyusti retirou-se e fortificou Hatusa. Depois, Anitta foi capaz de assaltar a cidade de Hatusa à noite depois que os seus defensores foram enfraquecidos pela fome. Anitta destruiu completamente Hatusa e certamente Piyusti nesse episódio pereceu. Abaixo, mapa das principais cidades hatitas, posteriormente hititas, e nele se vê a importância da cidade de Kanesh como ponto de ligação entre várias cidades da Anatólia.
REFERÊNCIAS:
http://en.wikipedia.org/wiki/Pamba_(king)
http://ancient-anatolia.blogspot.com/2006/09/hattians-first-civilization-in-anatolia.html
br.geocities.com/jazaupa/01zin9.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Piyusti
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fHattic.htm
Abaixo, o Portal dos Leões em Hatusa
Reconstrução computadorizada da Cidadela Real de Hattusa
Falavam uma língua própria indo-européia a qual transcreviam em hieróglifos próprios e em empréstimos da escrita cuneiforme assíria. Sofreram influência da cultura da Mesopotâmia, como a escrita cuneiforme e deuses dos panteões dos povos vizinhos, e adaptaram essas influências a sua língua e civilização.
Escrita hitita em hieróglifos
Texto hitita cuneiforme
Inicialmente a terra deles era habitada pelos hatitas, "o povo de Hati", aos quais conquistaram. Os Hititas aglutinaram numerosas cidades-estado de culturas muito distintas entre si e chegaram a criar um influente império devido a sua superioridade militar e a sua grande habilidade diplomática, constituindo-se desta forma como a terceira potência no Oriente Médio (junto a Babilônia e ao Egito). Aperfeiçoaram o carro de combate ligeiro, ao qual empregaram com grande êxito; a eles se atribui uma das primeiras utilizações do ferro como objeto de luxo. A economia hitita estava baseada na agricultura e suas técnicas metalúrgicas eram avançadas para a época.
Carro de combate e guerreiros hititas
Representação dos guerreiros hititas num carro bélico
Os reis hititas assentavam seu poder na competência militar. Seu título comum era Tabarna (Grande Rei) e o rei atuava como sumo sacerdote, chefe militar e juiz principal da terra. O reino era administrado por governantes provinciais, geralmente membros da família real, que eram substitutos do rei. Em sua legislação as penas de morte eram reduzidas e quase sempre substituídas por indenizações. Construíram uma das primeiras bibliotecas e eram tolerantes com os povos conquistados em comparação com os cruéis assírios. Os êxitos mais relevantes da civilização hitita se encontram no campo da legislação e da administração da justiça.
Tableta contendo legislação hitita acerca do assassinato
de um mercador dentre outras disposições
A arte e a arquitetura hititas foram influenciadas por praticamente todas as culturas contemporâneas do antigo Oriente Médio e, principalmente, pela cultura babilônica. Apesar disso, os hititas alcançaram certa independência de estilo que assinalaram sua arte distinta. Os materiais de seus edifícios normalmente eram a pedra e o tijolo, embora também usassem colunas de madeira. Os numerosos palácios, templos e fortificações foram com freqüência decorados com relevos estilizados e intrincados, talhados nos muros, portas e entradas. Abaixo, exemplos da cultura hitita:
Reconstrução gráfica de um silo hitita de grãos em Hatusa Rhyton (espécie de cálice) em forma de touro
Deus Sol esculpido numa câmara das muralhas de Hatusa
Discos rituais solares
A religião hitita chegou a ser conhecida como “a religião dos mil de deuses”. Tinha numerosos deuses próprios e outros importados de outras culturas. Os estudiosos encontraram influência suméria, babilônica, assíria, hurrita, luvita e outras estrangeiras no panteão hitita. São de especial interesse alguns poemas épicos que contêm mitos, originalmente hurritas, com motivos babilônicos, entre os quais Teshub, o deus do trovão e da chuva, cujo emblema era um machado e Arinna, a deusa do sol. Outros deuses importantes foram Aserdus (deusa da fertilidade), seu marido Elkunirsa (criador do universo) e Saushka (equivalente hitita a deusa mesopotâmica Ishtar).
O rei era tratado como um escolhido dos deuses e se encarregava dos mais importantes rituais religiosos. Se algo não ia bem no país, podia-se culpá-lo se tivesse cometido o menor erro durante um destes rituais e mesmo os próprios reis participavam desta crença; por exemplo, Mursil II atribuiu uma grande praga que havia devastado o reino hitita aos assassinatos que levaram seu pai ao trono e realizou inúmeros atos para pedir perdão aos deuses.
Representação de doze deuses hititas do submundo
Representação de dois deuses hititas
Templo 1 de Hattusa:reconstrução gráfica e sítio arqueológico
Representação de um rei hitita e da deusa Hattusha
A história do Império Hitita é dividida em quatro períodos: Antigo Reino (c. 1680-1500 a.C.), Reino Intermediário (c. 1500-1400 a.C.), Novo Reino (c. 1400-1177 a.C.) e Período das Cidades-Estado (c. 1193-710 a.C.) quando os hititas já estão enfraquecidos. Em sua extensão máxima, o Império Hitita compreendia a Anatólia, o norte e o oeste da Mesopotâmia até a Palestina. Sua queda data dos séculos XIII-XII a.C. quando das invasões dos Povos do Mar e dos kaskas que levaram ao seu desaparecimento da História.
O Império Hitita em sua máxima extensão