Foi contemporâneo dos faraós Aquenaton e Tutancâmon do Egito e de Assur-Uballit I da Assíria. Abaixo, representação egípcia de guerreiros hititas.
Quando da morte de Tudhaliya III, seu filho Tudhaliya, o Jovem, assumiu o trono e os membros e oficiais da corte, inclusive Shuppiluliuma, juram-lhe lealdade. Entretanto, esses juramentos a favor de Tudhaliya, o Jovem, não foram o bastante para assegurar a transferência normal da realeza. Com os Kaskas ainda assolando o país, Arzawa ameaçando pelo oeste e a capital Hatusa ainda em ruínas, um líder forte e experimentado era mais necessário no trono. A pessoa mais indicada era Shuppiluliuma, pois além de ser membro da família real, era um guerreiro competente tendo atuado com eficácia no governo de seu pai. Sendo assim, um grupo de oficiais, inclusive Shuppiluliuma, quebraram os seus juramentos e assassinaram Tudhaliya. Não obstante, Tudhaliya parece ter sido apoiado por alguns de seus irmãos, e esses homens encontraram o mesmo destino que o dele. Um outro grupo de homens (não exatamente conhecidos, mas provavelmente também membros da família real) foi banido à ilha de Alashiya (Chipre) em vez de ser morto. Este derramamento de sangue na família real abriu o caminho da ascensão de Shuppiluliuma como o Grande Rei de Hati. O novo Tabarna teve que nomear pessoas de confiança como seus novos ministros e oficiais, dentre eles, Zida, seu irmão, foi nomeado chefe da guarda real e seu irmão Telipinu se tornou sumo sacerdote de Kizzuwatna.
Ao que tudo indica, no início do seu reinado Hatusa foi recapturada e reconstruída. Abaixo, reconstrução moderna da antiga muralha de Hatusa.
Em continuidade a sua atividade bélica antes da ascensão ao trono, Shuppiluliuma desenvolveu várias campanhas militares. O seu primeiro desafio como Grande Rei foi a continuação das suas campanhas contra Arzawa. Os arzawanos atacaram a cidade de Anisha e outra cidade cujo nome só é parcialmente conservado como [...] išša. Ele marchou contra eles e os destruiu. Continuando o seu caminho, ele então derrotou seis grupos de inimigos na cidade de Huwana, e mais sete grupos hostis nas cidades de Ni e Sapparanda. Enquanto descansava em Tiwanzana, com apenas seis carros e alguns soldados, foi surpreendido por um ataque inimigo, o qual rechaçou e fez seus adversários fugirem para as montanhas arzawanas largando os despojos no caminho. Mas, outro grupo arzawano, liderado por certo Anna, ocupou a terra de Tupaziya , o Monte Ammuna e um lago cujo nome foi perdido, conseguindo penetrar no interior do domínio hitita até Tuwanuwa (localizada na Anatólia ao sudeste dos Montes Tauros), que ele atacou. Embora a fonte documental esteja incompleta, ela indica que Shuppiluliuma conseguiu derrotar Anna e seus aliados.
Após esses episódios, Shuppiluliuma, junto com seus oficiais Takkuri e Ḫimuili, derrotaram bandos de kaskas, tomando a cidade de Anziliya, na região dos kaskas. Então as cidades hititas de Pargalla, Hattina, dentre outras foram atacadas por um inimigo, mas Shuppiluliuma saiu e o derrotou, restaurando a estas cidades seus habitantes e bens.
Posteriormente, Anzapahhaddu, possivelmente rei de Arzawa, capturou algumas cidades hititas. Shuppiluliuma escreveu-lhe uma carta em que exige a devolução do seu território e de sua gente, no que foi ignorado pelo líder arzawano. Abaixo, o oeste da Anatólia como identificado nos tabletes hititas.
O Grande Rei marcha, então, em direção a Arzawa. No caminho, o rei de Mira, Mashwiluwa, que foi deposto por seus irmãos foi ao rei hitita e lhe pediu ajuda para restaurá-lo ao trono. Shuppiluliuma se aliança com ele dando-lhe sua filha Miwatti como mulher, mas não pôde ajudá-lo na restauração de suas terras no momento e nem depois. Por fim, Shuppiluliuma derrotou Anzapahhaddu e colocou em seu lugar no trono de Arzawa a Uhhaziti estendendo assim o domínio hitita sobre Arzawa.
Apesar dos constantes conflitos com as terras ao oeste de Hati, um país com o qual os hititas viveram em paz foi Wilusa (identificada com a região de Trôade onde ficava a célebre Tróia). Nesse período, Wilusa era governada por Kukkuni (identificado como Kyknos, rei das colônias da Trôade e herói da Guerra de Tróia, filho de Poseidon, que segundo a lenda foi morto por Aquiles) com o qual Shuppiluliuma tinha um bom relacionamento. Abaixo, reconstrução de Tróia, a Taruwisa dos tempos hititas.
REFERÊNICAS:
http://ca.wikipedia.org/wiki/Subiluliuma_I
http://www.hittites.info/history.aspx?text=history%2fEarly+Late+Empire.htm#Suppiluliuma1
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